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Guia Michelin 2025: conheça os vencedores brasileiros

Oteque perde sua estrela e Brasil segue sem três estrelas

 

“Estrelas mudam de lugar…”, cantava Roberto Carlos em Cavalgada, um sucesso de 1977. A cada nova edição do Guia Michelin, todo o setor chega mais perto para ver quantas estrelas o mais influente termômetro da gastronomia irá distribuir. Depois de seis anos sem uma gala para chamar de nossa, o Michelin anunciou suas cobiçadas estrelas em um evento na capital paulista nesta segunda (12), realizado no hotel Rosewood.

A gastronomia brasileira soma agora mais estrelas do que nunca — são 25 restaurantes premiados, o maior número até hoje —, um reflexo da evolução do setor no país, cada vez mais profissional e diversificado. A parte ruim: ainda não conquistamos uma casa com três estrelas (a cotação máxima do guia) e o Oteque, do chef Alberto Landgraf, perdeu uma das suas, voltando à categoria de uma estrela (os reconhecimentos vão de uma a três, ou, como define o guia, de “cozinha requintada” a “excelente” e “excepcional”, respectivamente).

A boa notícia é que tivemos quatro novas entradas na categoria de uma estrela: dois no Rio de Janeiro (Casa 201 e Osseile) e dois em São Paulo (Kanoe e Ryo). Nas demais categorias, sem cotações estreladas, foram cinco novidades no Bib Gourmand (que reconhece casas com boa relação entre qualidade e preço) e doze novos restaurantes na lista de recomendados.

Ver mais restaurantes premiados é sempre animador para a nossa gastronomia, ainda que o sonho do “tri” continue adiado — e nem pareça tão próximo quanto gostaríamos, apesar de já existirem restaurantes que fazem trabalhos dignos de atenção. O guia tem sido econômico com a cotação máxima, especialmente nos países latinos: a América Latina é o único continente onde o Michelin atua sem conceder a nota máxima a nenhum restaurante. Mas é importante lembrar que, por aqui, as estrelas ainda são uma novidade: apenas o Brasil está no radar do guia fundado em 1900 há uma década (Argentina e México, os outros países latino-americanos cobertos, estão no segundo ano), o que não deixa de ser um bom lembrete da força da nossa cozinha.